Alcateia Fight for the Troops
12/05/2023
Jorge Luiz Tourinho
12 de maio de 2023
Visconde do Rio Branco, MG, foi o palco desse evento. Iniciativa que merece os nossos elogios. Desejo que consigam promover outros programas de Boxe em Minas Gerais. Esta edição foi realizada no dia 7 de maio e transmitida pela Web pelo Território Tupiniquim.
Aqueles que puderam assistir talvez tenham se perguntado porque oficiais da Federação de Pugilismo do Rio de Janeiro (FPERJ) estavam lá atuando. Não sei se existe ainda a Federação Mineira de Pugilismo e se está ativa. Pouco importa. A supervisão e autorização foi dada pelo Conselho Nacional de Boxe (CNB) que indicou o quadro da FPERJ para a mediação e controle do espetáculo. Aliás, diga-se de passagem, tiveram boa atuação.
Em relação à qualidade da transmissão, o Território Tupiniquim pode melhorar. Para ter qualidade profissional precisa-se de, pelo menos, dois cinegrafistas. A iluminação também não ajudou, mas isso é um problema que poderia ter sido evitado se houvesse sido vistoriado o ginásio antes. Contudo, valeu. Gravaram um documento histórico da nossa modalidade.
Vamos ao que mais interessa, as lutas entre profissionais!
Super leves – Gabriel Borges Bonfim (1-0) W4 Fernando Augusto Grottoli (0-1)
Domínio total de Bonfim que exibiu boa linha. Venceria na técnica, mas sua melhor condição física acabaria o fazendo prevalecer. Tenho observado que muitos boxeadores que adentram na área rentada ainda trazem a ideia do amadorismo. Tocar e sair, esquivar e tocar. Repito a expressão que ouvi pela primeira vez da boca do locutor ESPN Matheus Pereira. A galera quer ver nocaute. Para isso é preciso atirar e conectar golpes perfurantes.
Ter ouvido a decisão dos juízes pode ter sido uma vitória para Grottoli. Apesar de econômico no atirar de golpes, cansou a ponto de se ajoelhar no último assalto. Isso é coisa antiga, mas vou relembrar. Se o pugilista não tem um ou mais companheiros de treino que possam fazer quatro rounds com ele na academia, existe uma forma bem simples de se saber se estamos em condições ou não de lutar quatro tempos. Basta bater no saco três minutos, descansar um e repetir quatro vezes. Nessa divisão dos 63,500 o cara deve atirar, no mínimo, 80 socos por tempo.
Se algum dia voltar a ajudar em cursos de formação de árbitros, vou enfatizar que atleta que se ajoelha por exaustão deve ser dado como perdedor por TKO. O mediador apenas contou como se fora um knockdown e a festa continuou.
A decisão unânime veio com três marcações de 40-35. Maura da Costa, Priscila Guimarães e Jefferson Silvano coincidiram comigo.
Super leves – João Gabriel “Monkey” Cândido Rocha (7-0) W6 Douglas Augusto “Grilo” da Costa (2-3)
O vencedor é uma promessa. Tem muito boa linha. Carece, como outros novatos, daquele mal denominado instinto assassino tão presente nos atuais programas que nos chegam do México via ESPN. Seu treinador, o Sr. Walmor, terá que trabalhar nesse sentido. Não basta apenas dominar. Tem que buscar abreviar o cotejo. Imaginem um combate ganho por pontos. No derradeiro episódio uma bomba arrebenta o supercílio e aquele que venceria acaba perdendo. Por isso é o que o KO deve ser tentado. Além do mais, essa tentativa leva o público ao delírio.
Douglas não apresentou nenhuma chave para o triunfo. Ficou na longa distância, o que favoreceu a maior envergadura de Rocha, e poucos contragolpes jogou. Nos dois últimos períodos, limitou-se a terminar de pé.
Se tiver condições, no próximo evento que estiver e que o João Rocha lutar vou pedir para entrevistar o treinador do adversário dele e perguntar qual seria o caminho para vencer o Monkey. Não consigo entender, nem tentem me explicar, como um boxeador vai para o confronto sem estratégia para ter o braço erguido. Enfim, fazer o quê?
As três papeletas tiveram o mesmo total que a minha: 60-54. Pude ver o mesmo que Priscila Guimarâes, Mauro Costa e Maura da Costa. Ainda bem.
12 de maio de 2023
Visconde do Rio Branco, MG, foi o palco desse evento. Iniciativa que merece os nossos elogios. Desejo que consigam promover outros programas de Boxe em Minas Gerais. Esta edição foi realizada no dia 7 de maio e transmitida pela Web pelo Território Tupiniquim.
Aqueles que puderam assistir talvez tenham se perguntado porque oficiais da Federação de Pugilismo do Rio de Janeiro (FPERJ) estavam lá atuando. Não sei se existe ainda a Federação Mineira de Pugilismo e se está ativa. Pouco importa. A supervisão e autorização foi dada pelo Conselho Nacional de Boxe (CNB) que indicou o quadro da FPERJ para a mediação e controle do espetáculo. Aliás, diga-se de passagem, tiveram boa atuação.
Em relação à qualidade da transmissão, o Território Tupiniquim pode melhorar. Para ter qualidade profissional precisa-se de, pelo menos, dois cinegrafistas. A iluminação também não ajudou, mas isso é um problema que poderia ter sido evitado se houvesse sido vistoriado o ginásio antes. Contudo, valeu. Gravaram um documento histórico da nossa modalidade.
Vamos ao que mais interessa, as lutas entre profissionais!
Super leves – Gabriel Borges Bonfim (1-0) W4 Fernando Augusto Grottoli (0-1)
Domínio total de Bonfim que exibiu boa linha. Venceria na técnica, mas sua melhor condição física acabaria o fazendo prevalecer. Tenho observado que muitos boxeadores que adentram na área rentada ainda trazem a ideia do amadorismo. Tocar e sair, esquivar e tocar. Repito a expressão que ouvi pela primeira vez da boca do locutor ESPN Matheus Pereira. A galera quer ver nocaute. Para isso é preciso atirar e conectar golpes perfurantes.
Ter ouvido a decisão dos juízes pode ter sido uma vitória para Grottoli. Apesar de econômico no atirar de golpes, cansou a ponto de se ajoelhar no último assalto. Isso é coisa antiga, mas vou relembrar. Se o pugilista não tem um ou mais companheiros de treino que possam fazer quatro rounds com ele na academia, existe uma forma bem simples de se saber se estamos em condições ou não de lutar quatro tempos. Basta bater no saco três minutos, descansar um e repetir quatro vezes. Nessa divisão dos 63,500 o cara deve atirar, no mínimo, 80 socos por tempo.
Se algum dia voltar a ajudar em cursos de formação de árbitros, vou enfatizar que atleta que se ajoelha por exaustão deve ser dado como perdedor por TKO. O mediador apenas contou como se fora um knockdown e a festa continuou.
A decisão unânime veio com três marcações de 40-35. Maura da Costa, Priscila Guimarães e Jefferson Silvano coincidiram comigo.
Super leves – João Gabriel “Monkey” Cândido Rocha (7-0) W6 Douglas Augusto “Grilo” da Costa (2-3)
O vencedor é uma promessa. Tem muito boa linha. Carece, como outros novatos, daquele mal denominado instinto assassino tão presente nos atuais programas que nos chegam do México via ESPN. Seu treinador, o Sr. Walmor, terá que trabalhar nesse sentido. Não basta apenas dominar. Tem que buscar abreviar o cotejo. Imaginem um combate ganho por pontos. No derradeiro episódio uma bomba arrebenta o supercílio e aquele que venceria acaba perdendo. Por isso é o que o KO deve ser tentado. Além do mais, essa tentativa leva o público ao delírio.
Douglas não apresentou nenhuma chave para o triunfo. Ficou na longa distância, o que favoreceu a maior envergadura de Rocha, e poucos contragolpes jogou. Nos dois últimos períodos, limitou-se a terminar de pé.
Se tiver condições, no próximo evento que estiver e que o João Rocha lutar vou pedir para entrevistar o treinador do adversário dele e perguntar qual seria o caminho para vencer o Monkey. Não consigo entender, nem tentem me explicar, como um boxeador vai para o confronto sem estratégia para ter o braço erguido. Enfim, fazer o quê?
As três papeletas tiveram o mesmo total que a minha: 60-54. Pude ver o mesmo que Priscila Guimarâes, Mauro Costa e Maura da Costa. Ainda bem.