David Morrell Jr. e Vasyl Lomachenko
Por Jorge Luiz Tourinho
28 de junho de 2021
Todos os elogios feitos pelo meu ídolo Servílio de Oliveira, um dos comentaristas especializados dos canais Disney, ao super médio David Morrell Jr. foram devidos. Talvez o jovem e promissor boxeador cubano radicado em Mineápolis, EUA, mereça mais. Seu potencial é enorme. Pouco importa o título regular da Associação Mundial de Boxe (AMB). O que impressionou no combate de ontem (27 de junho) foi a forma de caminhar, esquivar, aparar e atirar golpes.
Tenho certeza que acabará a sua carreira rico se nenhum acidente impedir a minha profecia. Para termos uma ideia de sua superioridade em relação ao invicto adversário que se apresentou, no curto tempo gasto para definir a luta recebeu apenas um jab. Seu oponente, Mario Abel Cázares, estava invicto. Foi classificado como décimo quinto da AMB depois de ter vencido o já decadente Julio Cesar Chávez Jr.. Nada pode fazer senão tentar sair e contragolpear. Um direto na cabeça provocou a queda que gerou o nocaute no primeiro assalto.
Não sei os apoderados de Morrell pretendem, mas é cedo para se pensar em Canelo. Talvez um embate contra outro dos top-15 seja prudente. Até porque Álvarez está de olho em Jermall Charlo e Caleb Plant. David Benavides corre por fora querendo, também, uma super luta para encher a burra de dinheiro. Morrell foi para 5-0 e Cázares para 12-1.
Preliminares da jornada do PBC no The Armory
Meio médios - All Rivera (22-5) W10 Omar Juarez (11-1).
Combate eletrizante de dificílima marcação. Não pontuei porque perdemos dois rounds pelo atraso da transmissão. Atrasou a decisão do golfe por causa dos dois buracos extras para sacar o vencedor. Ambos buscaram a vitória com tudo. Alternativas no domínio dentro de cada tempo. Um knockdown no nono capítulo foi determinante para o triunfo do filipino. As papeletas: 95-95, 95-94 e 96-93.
Cruzadores - Brandon Glanton (14-0) W10 Efetobor Afochi (11-1).
Quem gosta de trocação franca deve ter assistido essa luta de pé. Dois gigantes fortíssimos que optaram pela busca do nocaute desde a campainha inicial. Outro cotejo de difícil marcação. Como a anterior, alternativas dentro do mesmo capítulo trouxeram dúvidas na hora de apontar vencedor parcialmente. Exponho minha divergência com o árbitro. No sexto assalto, Glanton conectou outra bomba e Afochi bambeou e se apoiou nas cordas. O mediador retirou do norte-americano a possibilidade do KO quando abriu uma contagem! Resultado: o gongo bateu logo em seguida à resposta de oito e Afochi, recuperado, quase derrubou no décimo tempo! A decisão: 96-93 Afochi e dois 95-94 Glanton (foi o que Servílio viu). Marquei 96-93 para o vencedor.
Vasyl Lomachenko (15-2) TKO9 Masayoshi Nakatani (19-2)
Com esse triunfo conseguido no sábado (26 de junho) Lomachenko colocou ordem na divisão dos leves. Foi a luta final do evento da Top Rank em Las Vegas, EUA. Nas entrevistas divulgadas pelo YouTube, ele foi claro. Não quer saber de dinheiro, quer a revanche com Teófimo López de qualquer maneira. Voltando campeão da Austrália ou não. O excepcional ucraniano está mordido pois considerou que ele perdeu os títulos, não foi vitória do adversário. Como lembram, Lomachenko teve que se submeter a uma cirurgia num dos ombros. A contusão, que ocorreu durante o combate entre ambos, teria sido a responsável pela atuação abaixo do que ele esperava. López já andou dizendo que aceita mas sem uma grana muito alta o tira-teima não sairá.
Foto: World Boxing News