ISTV Fight II
Jorge Luiz Tourinho
11 de setembro de 2022
Avisado pelo escritor e historiador Antônio Carlos Novais pude assistir pelo canal YouTube o evento realizado no sábado 10 no ginásio da UNAERP em Guarujá. A narração da jornada feita pela equipe ISTV foi um tanto confusa. No que tange à informação, deixaram de nos dizer quais eram os cartéis dos boxeadores e de onde vinham. Os números que divulgo abaixo foram retirados do indispensável site Boxrec.
A luta final, emotiva, intensa e emocionante, valeu o título brasileiro dos super médios. Não entendi se foi o cinturão regular ou o interino do Conselho Nacional de Boxe (CNB). Estou citando a entidade que o concedeu porque fui informado que foi fundada a Confederação de Boxe Profissional. Pelo que li, tem o dedo do grupo do ex-boxeador e dirigente Carlinhos Furacão.
José Conceição Nascimento (5-4) venceu por decisão unânime ao então campeão Rafael "Sonic" da Conceição Silva (4-5). Buscaram sair com a faixa dando tudo de si. Entregaram tudo o que tinham a ponto de Rafael sair de ambulância pela exaustão completa. A intensidade, nos 10 assaltos, foi aquela desejável a qualquer disputa de cinto. Para mim, o cotejo foi equilibrado. Apenas em três dos rounds saquei vencedor com clareza. Nos demais, a vantagem foi por pouca margem. Um golpe mais contundente ou maior quantidade de socos conectados foram os pontos que me levaram à pontuação final. Marcos dos Reis foi o árbitro. As papeletas foram: João Borges e José Laureano 100-90 e Reginaldo Peixoto 97-93 (foi o que anotei).
As preliminares que assisti seguem abaixo.
Pesados - Nelbe Jacundino de Souza (2-1-1) KO1 Jean Patrick Muniz Espósito (0-1)
Triunfo categórico de um boxeador que soube fazer uso de sua maior envergadura e linha pugilística. Um direto de direita acabou com a festa quando Espósito já mostrava cansaço...
O perdedor mostrou valentia, mas o Boxe é muito mais do que isso. Seus escassos recursos defensivos faziam ver que o negócio não chegaria aos quatro tempos pactuados.
Meio-pesados - Matheus Meirelles dos Santos (1-1) Wdsq4 Jackson Pereira Santos (0-1)
Matheus dominou e foi construindo boa vitória sobre outro novato que lhe exigiu bastante esforço. Já sem combustível e sem pegada, Jackson não viraria o resultado que se anunciava. Não entendi as faltas marcadas pelo mediador Reginaldo Peixoto que levaram à desclassificação no último período. O clinche é instrumento de defesa. Se o terceiro homem do ringue acha que são demasiados, que se porte mais perto dos lutadores e os separe com mais energia e velocidade.
Cruzadores - Kaosisochukwa Salvation Anichebe (1-0) KO3 Jonathan "Soneca" de Souza (3-9)
Domínio total desse que foi anunciado como estreante e nigeriano. Conhecido como Super Choque eletrificou o ringue com 220 Volts! Derrubou no primeiro, no segundo e no terceiro. Merece ser acompanhado.
Meio-médios - Gabriel Adryan Soares (3-0) W6 Daniel Lima Santos (6-4)
Combate equilibrado e animado. Soares pode treinar para se manter na longa distância já que tem boa envergadura. Ambos ganharão com mais movimentação e velocidade nas esquivas. O detalhe foram as três vezes que o vencedor deixou cair o protetor bucal e nem foi advertido pelo árbitro Reginaldo Peixoto. Já os clinches...
A decisão unânime de deu com os escores 60-54, 59-55 e 58-56 (foi o que marquei).